sábado, 25 de outubro de 2014

Liberdade e Beleza

         Com o passar dos anos, as coisas ficam velhas, nós envelhecemos, maduramos e o passar dos tempos, faz mudar o nosso olhar sobre muitos significados acumulados da vida. Quando há dez anos vim para Rondônia com o intuito de esfriar a cabeça, pois como pequeno empresário do ensino privado, fui a falência devido a recessão econômica imposta nos últimos anos do governo Fernando Henrique Cardoso a classe média brasileira, que fez aumentar a inadimplência das mensalidades escolares.
Nesse caso, quem é pequeno que se parta ao meio!
          A princípio não pensava ficar na querida Rondônia, tinha vindo mesmo de férias. Mas veio a decisão, causando perplexidade nos amigos que aqui me acolheram para umas férias rápidas e a minha família na Paraíba.
Sempre digo, Rondônia foi uma mãe para mim! Deu-me oportunidades e abriu muitas portas. Sou muito grato a essa terra e a sua gente acolhedora, na grande maioria, migrantes como eu. Não vou com frequência ao Nordeste, sempre uma vez ao ano para rever a minha família e amigos. Nessas idas, aproveito para conversar com populares nas feiras livres, com pessoas nos mercados de peixe, vendedores ambulantes, profissionais liberais e então, descubro outro Nordeste, bastante diferente de dez anos atrás.
          Pois bem, descubro que as obras públicas de infraestrutura urbana que as pessoas não veem porque estão enterradas, tem gerado emprego local, fazendo com que melhore a qualidade de vida da família dos nordestinos, fazendo com que ele não precise abandonar o seu lugar, a sua família e a sua gente.
            Dez anos se passaram! Os nordestinos hoje tem um emprego assegurado junto a sua família, diferente dos tempos passados que se precisava migrar para outras regiões do nosso país a procura da sua sobrevivência, na verdade, como um fugitivo da seca, do fantasma da fome e do desemprego.
            A oportunidade que se gerou no governo Dilma as camadas mais pobres - tanto nas Regiões Norte e Nordeste de ter acesso ao ensino técnico profissionalizante, ao ensino superior, as escolas de educação básica, a transferência de renda, o sonho realizado da casa própria, poder viajar de avião, comprar seu próprio transporte, mobiliar sua casa, credito disponível para o pequeno produtor rural e aumento do salário mínimo - mesmo esse ter perdido parte do seu poder compra, pelos depoimentos, essas mudanças, garantiram uma vida mais humana ao brasileiro de baixa renda, fazendo com que a base da nossa pirâmide etária se estreite.
            Do outro lado, temos uma Minas Gerais comparada como alternativa ao eleitor, ou seja, a Minas que foi governada por Aécio Neves e seu sucessor Anastásia – um ciclo de doze anos e que agora, rompido ao eleger no primeiro turno, o petista Fernando Pimentel para governar os mineiros por quatro anos, e ainda, os mineiros fizeram Dilma chegar em primeiro no primeiro turno nas urnas de Minas Gerais.
Para quem não sabe, Aécio é o governo da meritocracia, do enxugamento da máquina pública, dos cortes em programas sociais, da terceirização, da não realização de concursos públicos, da correção nos rumos da economia, tais correções defendidas por Ermínio Fraga como futuro Ministro da Economia, significa recessão econômica e menos investimento do estado em obras públicas de infraestrutura, que são grandes geradoras de emprego e renda, geradora da empregabilidade e da melhoria na qualidade de vida as camadas de baixa renda.
A visão que se tem nas palavras de Aécio é de não proteger a indústria nacional, ele diz que deseja mudar os rumos dos setores produtivos para gerar riqueza e trabalho, mas não diz como vai fazer. O mesmo também defende uma ampla privatização do que resta, não sou contra privatização ou leilão de serviços, mas é preciso dizer o que vai ser desonerado do estado brasileiro.
Diferente de Dilma, Aécio é bem melhor de retórica por ser um político profissional. Vem de um berço político, ou seja, nascido e criado no Solar dos Neves em São João Del Rey, Minas Gerais. Isso lhe coloca a frente do discurso técnico e didático da candidata Dilma.
Agora, o mais impressionante é que o Brasil vive uma eleição competitiva, dividindo mineiros e paulistas. Além de um discurso separatista culturalmente do quem sabe mais, se repetido, se torna verdade e esse sentimento pode levar a nossa nação a um abismo jamais visito em toda nossa história.
Ambas as chapas, são encabeçadas por candidatos a presidentes nascidos em Minas Gerais e seus respectivos vice-presidentes, são paulistas. A verdadeira política do café-com-leite! Valendo salientar que Dilma não escondeu durante toda campanha o seu vice-presidente Michel Temer (PMDB), diferente de Aécio que escondeu o tempo todo o seu vice, o senador paulistano Aloysio Nunes (PSDB). Fato que pode custar a Aécio a derrota, pois Aloysio foi o senador mais bem votado na história política do estado de São Paulo. Portanto, é esperar o resultado das urnas amanhã!

O FANATISMO - por Rui Leitão

     O fanatismo se assemelha à burrice. Forte a expressão? Claro que não, é a pura verdade. O fanático age na irracionalidade, julga-se sempre o dono da verdade, é prisioneiro de obsessões provocadas pela falta de discernimento, não mede as consequências no que faz e no que diz.
     Essa manifestação de comportamento é muito comum por motivações de ordem religiosa, política, esportiva, artística, etc. O fervor excessivo na defesa de uma ideia, de uma opinião, de uma causa, ou por qualquer coisa de forma insistente, revela-se um radicalismo. Essa posição extremada de atitude leva o fanático à ausência de ponderação quando se faz necessário, a falta de respeito para com pessoas do seu convívio no dia a dia e o desprezo até do amor próprio.
     O problema é que resistimos a fazer uma autoanálise quando nossos procedimentos assumem a característica do fanatismo. A paixão cega pelo que defendemos e acreditamos nos impede de encontrar a humildade de admitirmos as divergências, o contraditório, os pontos de vista discordantes. Alcançamos um estágio de exaltação exagerada em que nos achamos donos da verdade, senhores da razão.
  O fanatismo é responsável, muitas vezes, pelo cometimento de atos insanos, transtornos mentais, desvio de personalidade. Ter a consciência dos seus sintomas ajuda a frear os ímpetos da intolerância, os impulsos da intransigência, a resistência em aceitar o pensamento contrário. Uma coisa é defender uma ideia, uma causa com entusiasmo, com perfeito conhecimento do que faz, com convicção; outra coisa é deixar que a paixão sobreponha a razão e cause cegueira na visão do mundo, numa ótica maniqueísta de que a verdade, o bem, está no seu pensamento.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.


FONTE: https://www.facebook.com/ruicleitao?fref=ts

Será que entendo tudo errado?

  Antes de ser paraibano, sou nordestino. Antes de ser nordestino, sou brasileiro. Sabe gente, meus pais servidores públicos e com a renda da vacaria que eles possuíam, deu a chance  aos três filhos de estudar nas melhores escolas particulares de João Pessoa. A minha base sólida de ensino e aprendizagem veio do Colégio Arquidiocesano Pio XII, ou seja, tive bons professores naquele colegial e também, a oportunidade de aprender muito com os sermões do Padre Marcus Augusto Trindade. Pense num homem a frente do seu tempo.
    Do meu pai herdei o gosto pela leitura, ele me ensinou a ler livros aos meus quatorze anos que nunca pensei que iria ler na minha vida. Ele sentava comigo e tínhamos discussões calorosas. Nessas discussões, ele aproveitava para combater meu extremismo e fanatismo dizendo: “são os impulsos da juventude e vai chegar o tempo que você saberá ponderar”.
  Minha mãe, mulher de uma grande sabedoria e coração generoso, me abraçava e sempre me pedia para largar a política. Afirmando sempre que a política “só tinha proporcionado perseguição à vida do meu pai”, esse por ter ido a Cuba e logo depois, ter sido preso e perseguido pelos bajuladores do regime militar ditatorial. Mesmo assim, chegou ao topo máximo da sua carreira dentro da Polícia Militar do Estado da Paraíba, se tornou comandante geral.
    Ambos me ensinaram um princípio, sonhar e perseguir meus objetivos! Meu pai quando em vida, defendia os ideais de Luíz Carlos Prestes, Francisco Julião, Irineu Joffily, Pedro Teixeira, Nego Fubá, Antônio Mariz, José Maranhão, José Fernandes de Lima, Wilson e Lúcia Braga, Leonel Brizola e Luiz Inácio Lula da Silva.
  A Associação Cultural José Martí Brasil – Cuba com seção na Paraíba, a qual meu pai presidiu, teve a oportunidade de receber o poeta cubano Félix Contreras, ele que foi filho da miséria, do abandono da mãe aos cinco anos de idade e vitima da repressão da ditadura do general Fulgêncio Batista. Muito me marcou esse encontro, pois conversamos horas sobre movimentos sociais, socialismo, ditadura do proletariado, das lutas dos povos tradicionais, a exemplo dos nossos indígenas, das causas dos trabalhadores e da juventude, marxismo, leninismo, trotskismo, capitalismo, coerência e posicionamento político.
   Nesse caso, quando caminhando nas ruas para pedir votos, senti na carne o distanciamento das minhas raízes e da minha capacidade de lutar pelo que acreditava. Será que me tornei uma pessoa contraditória? Será que acordei de uma coma profunda? Olhava para o povo e me perguntava: a onde foi parar os meus sentimentos que justifica a minha existência, as minhas bandeiras revolucionárias que norteava a minha luta por um Brasil sem tantas desigualdades, mais justo e solidário?
   Assim, apesar de todos os erros que cometi na minha trajetória de militância política, me coube uma profunda reflexão da minha própria história de vida. Portanto, na década de 1990, como estudante de geografia, vivi o sucateamento das universidades públicas. Como professor, vivenciei a dificuldade que o pobre enfrentava para estudar e se manter em sala de aula. Observava a dificuldade que enfrentava o cidadão para se emancipar e a dificuldade que um produtor rural tinha para encontrar subsídios a sua produção mediante a dificuldade de acesso ao crédito rural.
  Pior de tudo nesse processo eleitoral, foi levantar um sentimento no Brasil de separação, ao afirmar que os nordestinos não sabem votar porque deram uma votação expressiva a Dilma. Parte da grande imprensa conservadora do nosso país, preconceituosamente, tenta transformar o nordestino no responsável por todas as mazelas que ocorrem no nosso país.
  Mas me mostrem qual o político nordestino brasileiro que desnacionalizou o nosso país em toda a nossa história brasileira? Revelem-me o político nordestino que esqueceu no seu vocabulário as palavras: gente, miséria, inclusão social, empego ou desviou seu olhar em favor do povo e das pessoas.
  Pois bem, apesar dos erros do PT, o governo Dilma se aproxima muito mais de tudo que fazia sentido no meu passado e no que ainda acredito, ou seja, na construção de um estado do bem estar social. Respeito quem tem posição contrária a minha, de pensar e votar diferente ao meu voto, mesmo desagradando a pessoas que quero bem, prefiro ser criticado por votar em Dilma que persegue o caminho de fazer do Brasil um estado do bem estar social, do que retroceder a época da República do Café-com-leite, que representou o poder oligárquico, a barganha, a compra do voto, o voto de cabresto, os favores políticos, as eleições fraudulentas, ou seja, origem de todas as mazelas do nosso desvirtuado sistema político atual.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O meu orgulho de ser nordestino

     Eu não tenho vergonha e muito menos omito em dizer que nasci em João Pessoa, capital do estado da Paraíba a trinta e nove anos atrás. Mas a aproximadamente dez anos fui adotado por Rondônia, isso também me deixa muito orgulhoso.
      Nunca deixei de ter orgulho da minha origem nordestina e também não me envergonha em defender a região de fronteira da nossa querida Rondônia. Em especial, Nova Mamoré, Guajará-Mirim e Porto Velho.
     Sempre digo que o povo brasileiro é um povo heterogêneo e multicultura, por isso, devemos deixar de lutar para que esse povo não perca o espirito de solidariedade e com muito amor, derrotar a intolerância e o preconceito.
      E venho externar a minha indignação quando os resultados das urnas se tornou conhecida no último domingo depois de um processo eleitoral resultante de uma democracia em construção, aflorou o preconceito se afirmando que o nordestino não sabe votar.
    Sempre digo que o eleitor é livre, livre para fazer as suas escolhas, inclusive de vender a sua consciência na véspera ou na hora do voto. Mas não se deve caracterizar o nordestino como ignorantes ou desinformados pelas escolhas que fizeram na urna. Na verdade, fruto de um preconceito.
     Esse tipo de discurso preconceituoso ao nordestino perdura desde o Brasil colonial, é lastimável, pois foi com a força dos nordestinos que esse país foi desbravado e construído. Quem escreve e fala assim, demonstra desconhecimento profundo sobre a realidade do nordeste brasileiro.
Quem faz afirmações deste tipo imagina o nordeste da década de setenta a noventa, ou de antes, onde reinavam a fome, o desemprego e a falta de oportunidade. Por isso muitos, como eu, tiveram que abandonar sua terra natal e migrar para outras regiões em busca de melhores condições de vida e quando anuncio que desejo voltar, meus colegas professores logo avisa que o mercado de trabalho se encontra fechado, muita concorrência devido ao exército de reserva.
Hoje, o nordestino anda de cabeça erguida porque não é mais tratado pelo governo como cidadão de segunda categoria. Das dezoito universidades criadas nos doze anos de governo petista, a classe política nordestina, por mais tradicional que seja, conseguiu levar sete para o nordeste.
A região conta hoje com sessenta extensões universitárias. Mais de dezesseis mil estudantes dessas universidades foram estudar no exterior com o Ciência sem Fronteiras. Dos vinte milhões de empregos criados no país, quase 20% foram no nordeste. 141 escolas técnicas foram implantadas na região, representando 33% do total no país.
A mortalidade infantil, que era um dos principais problemas da região caiu a menos da metade. Os nordestinos, hoje, não são mais personagens de tristes reportagens sobre as migrações para os grandes centros urbanos. Eles podem viver nas suas terras de origem com dignidade e oportunidade.
Somos todos brasileiros e temos que nos unir para continuar construindo um país mais solidário, mais justo, com mais oportunidades para todos. Independente de cor, crença, religião ou região do país em que cada um tenha nascido.
As pessoas deveriam ser agradecidas pela diversidade do nosso grande país. Essa é a nossa riqueza e logo aviso aos colegas de imprensa que defendem o voto em Aécio, que não é esse discurso preconceituoso que pode leva-lo a presidência da República.

sábado, 4 de outubro de 2014

Afirmei ao Uelinton Vitor que vou defender a recuperação dos espaços culturais públicos

 O meu ex-aluno Uelinton Vitor foi um dos maiores incentivadores dessa minha empreitada como candidato a deputado federal. Como grande colaborador de caminhada, quando parávamos numa sombra para retomar o folego retirado pelo sol, a nossa conversa era sobre a recuperação dos espaços culturais públicos na nossa capital Porto Velho e na multiplicação desses espaços nas demais cidades rondonienses.
 É só passar o olhar sobre os espaços culturais públicos em toda Porto Velho que constatamos o abandono, a má utilização e os poucos existentes, sem condições alguma de uso pela população. Assim, quando eleito deputado federal, vou fazer gestão junto ao Ministério da Cultura e incluir no orçamento da União, emendas para recuperação e multiplicação desses espaços.
  Acredito que quando se investe em cultura, logo percebemos os reflexos positivos e imediatos, em todas as idades e camadas da sociedade. Portanto é importante a defesa desses espaços voltados a cultura, em alguns casos, se necessário for, que seja feita a parceria pública privada entre governo e sociedade civil.
 Também estaremos comprometidos em defender na Câmara de Deputados, a transparência, ampliação e democratização dos recursos do Ministério da Cultura. E vou defender junto aos prefeitos de Porto Velho, Nova Mamoré e Guajará-Mirim, a promoção do acesso a cultura, estimulando a indústria criativa, a arte na escola, a formação do artista e por fim, a integração entre a Secretaria de Cultura e Educação.

   Nessa caminhada em favor da cultura, vamos defender políticas públicas que permita através de patrocínio, apoios culturais por meio de incentivo fiscal, permitindo o compartilhamento entre governo e empresas privadas, fazendo com que a população tenha acesso aos produtos, serviços e mobilidade aos espaços culturais.

Destaquei para Patrícia March a importância do investimento na pesquisa para o desenvolvimento de Rondônia e do nosso país

   Como estudante e pesquisador bolsista do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) – Mestrado em Geografia, na minha visita a colega do mestrado Patrícia March em Guajará-Mirim, afirmei que sei bem a importância dos investimentos em pesquisa cientifica para promover o desenvolvimento de um estado, de uma região e de um país.
   É com pesquisa científica que se melhora a vida das pessoas, os lugares por elas vivenciados bem como garante a melhoria dos índices socioeconômicos. Sendo assim, quando eleito deputado federal, estaremos comprometidos em defender maiores investimentos a CAPES e ao CNPQ, com o objetivo único de promover o empreendedorismo, a inventividade e a pesquisa cientifica.
   Expliquei que só com educação e pesquisa poderemos dar o grande salto que Rondônia e o Brasil precisa para vencer a pobreza e as desigualdades sociais. Por isso, de imediato quando deputado federal, vamos cobrar do Ministério da Educação, ampliação dos valores de recursos destinados para concessão de bolsa de pesquisa de iniciação cientifica, mestrado e doutorado bem como reajustes dos valores da bolsa que se encontra defasados.

      A iniciativa de ampliar a concessão das bolsas é garantir a inserção de estudantes de graduação em atividade de pesquisa e também a acessibilidade aos programas de pós-graduação das nossas instituições de ensino superior. Com essa iniciativa, estarei chamando a atenção do governo federal para melhorar os investimentos no ensino superior por meio de estimulo aos alunos da iniciação cientificas, garantindo assim, a integração do ensino, aprendizagem e pesquisa.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Fernando Tavares e uma cidade para as pessoas

      Tive a oportunidade de ganhar nessa eleição um grande colaborador de campanha, na verdade um amigo que se fez presente no momento mais importante da minha vida, ou seja, nessa disputa por um cargo eletivo. Não por vaidade pessoal, mas por uma resignação de vida e pela minha capacidade de trabalho se eleito deputado federal.
     As limitações financeiras nos permitiu dar uma única grande volta em alguns municípios de Rondônia para rever a base do PHS e visitar alguns amigos. Na oportunidade durante a viagem, realizamos comparações da realidade urbana desses munícipios do interior com a nossa capital.
      Ao chegar nessas cidades, procuramos ouvir mais as pessoas sobre a contextualização da cidade, buscando dos moradores uma breve explicação histórica da cidade. Instigando para que ressaltasse as mudanças mais recentes decorrentes de ações de planejamento urbano, mostrando como a cidade se organizou a partir dos rios, de grandes avenidas e dos marcos arquitetônicos.
Procuramos verificar como essas cidades estão crescendo, como se dá a mobilidade urbana, ou seja, as pessoas se locomovem a pé, de carro, de ônibus, de bicicleta etc. Na estrada de uma cidade a outra conversava sobre os elementos estruturais que organizam essa mobilidade, a exemplo de semáforos, placas, faixas de pedestres, calçadas, guias, ciclovias e avenidas.
Agora o mais frustrante para nós, era quando fazíamos comparações dos projetos de planejamento urbano das cidades visitadas no interior rondoniense com o da nossa capital Porto Velho. Ficamos nos perguntando ou buscando explicações sobre as obras estruturantes não conseguir sair do papel, ficar abandonadas e sem finaliza-las em Porto Velho.
Foram tantos projetos de compensação e investimentos do governo federal canalizados para Porto Velho, é vergonhoso dizer a verdade, mas tais obras se tornaram tacanhas para uma capital. Não se priorizou o embelezamento da nossa capital, no sentido de promover o orgulho das pessoas que a vivencia bem como elevar a autoestima do contribuinte.
Hoje temos uma cidade abandonada e esquecida. Escura, suja, entupida, esburacada e alagada. Tudo bem que grande parte dos problemas urbanos foi herdada de gestões anteriores, mas os serviços necessários para recolocar Porto Velho nos trilhos do desenvolvimento no sentido de parecer uma capital, é preciso que a atual gestão agilize respostas cobradas pela maioria da população no sentido de fazer Porto Velho acontecer para se tornar uma cidade para as pessoas.

Discutindo com Luan Vasques a geração de emprego e renda na fronteira

        O jovem Luan Vasques é mais um ex-aluno de quando fui professor da graduação em gestão ambiental no campus da UNIR em Guajará-Mirim. É outro que sempre nos encontramos e travamos bons diálogos, principalmente sobre a geração de emprego e renda na fronteira.
Por desempenhar a minha atividade de professor nos municípios de Nova Mamoré, Guajará-Mirim e Porto Velho, muito me preocupa a geração de emprego e renda aos jovens desses municípios bem como a formação profissional.
Nesse caso, é preciso assegurar recursos no orçamento da União para implantação de um campus da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) no município de Nova Mamoré e o fortalecimento do campus do IFRO de Guajará-Mirim. Nesse caso, a atuação do mandato parlamentar estará direcionada na defesa de contratação de professores, concessão de bolsas de pesquisas e efetivação de novos cursos de acordo com a vocação geoeconômica dos municípios.
E não para só por ai, é preciso está consciente para defender a saída para o Pacífico, cobrando do governo federal a construção da ponte Binacional Brasil-Bolívia entre o município de Guajará-Mirim do lado brasileiro e Guayará-Merim do lado boliviano, visando promover a integração comercial com a Bolívia, Peru e Chile.
Eleito deputado federal também vamos defender a implantação do Polo de Modas da Fronteira. O sonho deixará o papel ao garantir por emendas a construção do polo através da prefeitura local, promovendo a aproximação do Instituto Federal de Rondônia (IFRO - Campus Guajará-Mirim), Federação das Indústrias (FIERO), SEBRAE, Associação Comercial de Guajará-Mirim e bancos oficiais, no sentido de estimular o empreendedorismo no ramo de confecção e moda visando revitalizar economicamente o lugar e promover o turismo de negócio.
Para finalizar, vamos propor a revitalização da Estrada de Ferro-Madeira-Mamoré (EFMM) fazendo gestão junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) - Superintendência do Patrimônio da União em Rondônia (SPU/RO), Ministério Público Federal e Estadual, para viabilizar a revitalização o trecho entre a estação de Guajará-Mirim e o Distrito de Vila Murtinho em Nova Mamoré por emenda parlamentar e parcerias-públicas-privadas (PPP).


Pedro Melo e o ser entre esquerda ou de direita?

As aulas que ministrei na graduação em gestão ambiental como professor visitante no campus da Unir em Guajará-Mirim, além de ter sido prazerosas, também foi uma experiência que nos levou a criar bons laços de amizades.
São muitos alunos que até hoje mantemos contatos, travamos diálogos e vínculos de amizade saudável. Quando nos encontramos, treinamos nossos conhecimentos adquiridos na academia através de uma boa prosa.
Na minha última visita a Guajará-Mirim, entre uma visita e outra, veio à pergunta direta do meu ex-aluno Pedro Melo sobre meu posicionamento político, pois até então, ele não tinha conseguido identificar se eu seria um político de esquerda ou de direita?
Sorri para ele e dei uma volta enorme para lhe esclarecer sobre a minha posição política. Disse-lhe que na minha adolescência militei na União da Juventude Socialista – UJS, um braço do PC do B. Com a influência do meu pai e abrangência nas leituras de outros pensadores que forjaram o mundo moderno, tive a oportunidade de conhecer o trabalhismo e fazer militância na Juventude Socialista do PDT de Leonel Brizola.
Mas algo me incomodava muito, ainda não era ainda essa base política que aquietava meus pensamentos e satisfazia as minhas ideias. Por situação do grupo político ao qual eu seguia na Paraíba, tivemos uma passagem breve pelo extinto Partido da Frente Liberal (PFL), sendo na atualidade Democratas (DEM). Naquele ambiente tive a oportunidade de ler publicações, análises e estudos dos mais variados temas ligado a politica e economia.
Nesse caso, minhas inquietações continuavam a dominar a minha mente nesse campo estéril sobre ser esquerda ou direita. Na verdade, é como dizia a canção de Cazuza, nós precisamos de uma ideologia para viver. Principalmente o ser político! E quando se afirma que não existem ambos os lados, isso é uma afirmativa puramente de direita.
Pois bem, em poucas palavras e sobre a influência de Ariano Suassuna e da minha avó Cícera que era muito religiosa, comecei a me perguntar o que é ser direita e esquerda no Brasil? Assim, a minha posição ideológica na atualidade, foi construída na graduação de geografia, quando meu olhar recaiu sobra as franjas urbanas que cerca as grandes cidades. Quando penso nos desvalidos, necessitados e injustiçados que são vistos como desgraçados pela sociedade.
 Sigo meu pensamento olhando para trás, considerando Herodes e Pilatos como políticos de direita. Jesus e João Batista como políticos de esquerda. Judas inicialmente era de esquerda e depois passou para o outro lado por trinta moedas. Quanto ao criminoso Barrabás, com apoio da direita e do povo, na primeira grande assembleia geral da história moderna, numa eleição crucial, ganhou de Jesus a preferência popular.
Finalizo afirmando que os políticos brasileiros na atualidade que defende a emancipação do cidadão através de uma gestão social, do orçamento participativo, da proteção a nossa economia, do desenvolvimento sustentável, na justiça social visando à diminuição das desigualdades e a soberania nacional, são considerados de esquerda. Os de direita são aqueles com uma visão social que defende uma economia sem proteção as nossas empresas, um mercado totalmente livre, o povo lançado à própria sorte e seus princípios políticos se baseia na eficácia, no lucro e na minimização do estado.

Logo Pedro matou a charada e disse: então professor Herbert, o senhor é um político de esquerda!